quarta-feira, 28 de março de 2012

Respeito Profissional - Parte II

No meu artigo anterior sobre o assunto faço referência à questão do “feedback”...Mas quando esse “feedback” chega de forma esdrúxula? Ajuda ou agrava o problema?


Quem nunca vivenciou este tipo de situação: Você gasta enorme energia elaborando uma abordagem, estuda cuidadosamente os interesses das partes, não negligencia nenhum aspecto, tem todos os pormenores das possíveis objeções, podendo eventualmente ter esquecido de algo relevante, não faz diferença... depois de todo um discurso etc. e tal e alguma insistência recebe um: “no momento não estamos interessados!”. 

Quem errou neste caso? Provavelmente as duas partes, mas quem errou mais? 

O primeiro erro (de quem fez a abordagem) é menor, pois partimos da premissa que aquele que abordou avaliou cuidadosamente o potencial de sucesso, entendeu a pertinência do tema e o grau de interesse – vamos admitir isso... 

Com relação à outra parte, “no momento não estamos interessados”, caracterizou-se um suicídio profissional. Trata-se de uma resposta fechada, sem qualquer possibilidade de argumentação ou semeadura para colheitas futuras. Fere as boas práticas do “networking”, sabidamente uma das melhores ferramentas de apoio a VENDAS. 

Mas se a resposta fechada partiu de um profissional da área de VENDAS, como fica? Se for da área de vendas, o complicador é maior... O profissional de vendas tem de ser especialista em manter portas abertas, ele nunca saberá qual porta irá conduzi-lo a bons negócios. Parece unanimidade, já recebi depoimentos diversos de vendedores que realizaram as vendas mais relevantes e inesperadas originadas de contatos aparentemente sem valor. 

Um dos princípios do “networking” que gosto de cultivar é a manutenção dos contatos, despretensiosamente, sem visar a um retorno imediato; contato e relações nunca são demais, basta ter alguma sinergia, simpatia ou interesse comum. 

Perceba que a rede de relações constitui o nosso radar! Para os profissionais de VENDAS é essencial manter esse radar ativo, funcionando nos dois sentidos, para receber e transmitir. Ao interromper as ligações de forma equivocada, como no exemplo anterior, a cobertura se torna deficitária, com pontos cegos, podendo até conduzi-lo por caminhos indesejáveis. 

Meu avô costumava repetir: “se não tem nada de bom para dizer, não diga nada!”... Será que não seria o caso de não dar “feedback” nenhum? Ou quem sabe valeria um pequeno esforço para produzir um pequeno “feedback”, mais positivo e aberto...



Boa semana e obrigado a todos que leram!

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