quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Profissionais de TI recusam empregos por baixos salários no País


Profissionais de TI recusam empregos por baixos salários no País





O Estado vem sofrendo com a falta de mão de obra qualificada no setor de Tecnologia da Informação (TI), embora este setor esteja em plena expansão. Embora no Estado o mercado necessite de profissionais, no resto do País existe a evasão desses profissionais, por conta dos baixos salários praticados e da falta de estabilidade em algumas empresas.

A Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) realizou um estudo que comprova que é a remuneração que tem afastado os profissionais do setor. A remuneração média nacional dos profissionais de TI gira em torno de R$ 2.850,00, sendo que, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o salário médio de um médico chega a R$ 6.700,00. As pessoas que cursaram Direito recebem, também em média, R$ 4.600. Os engenheiros ganham de R$ 5 mil a 6 mil, dependendo da especialização - mecânica, civil ou elétrica.

Além disso, a evasão de estudantes nos cursos superiores de TI chegou a 87% no País em 2010, motivada também pelos baixos salários e pela informalidade das contratações.

No Estado, as empresas também estão tendo dificuldades para a contratação de profissionais da área de TI. No entanto, a falta de mão de obra faz com que os salários praticados aumentem, sendo necessária até mesmo a importação de profissionais.

O presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado (Sindinfo), Benízio Lázaro, declarou, em entrevista à Radio CBN, em dezembro de 2011, que já recebeu currículos de profissionais da Bolívia e da Índia interessados em trabalhar no Estado. Ele creditou o interesse dos candidatos à boa representação do Brasil no exterior, o que desperta o interesse dos profissionais.

Ele acrescentou que a Índia, por exemplo, produz cerca de 400 mil profissionais ao ano, o que a torna um fornecedor em potencial de mão de obra, principalmente para os Estados Unidos. Já o interesse pelo Brasil se dá pela representatividade do País no exterior e pela possibilidade de crescimento e novos negócios que os profissionais têm. Benízio disse ainda que o salário dos profissionais pode ser definido por eles mesmos, de acordo com a produtividade e capacidade técnica de cada um. Ele citou o exemplo de um profissional de TI que está atuando no Estado, vindo de Santa Catarina. O profissional chegou ao Estado em setembro de 2011, para a implantação de um sistema integrado, recebendo salário de R$ 8 mil, proposto pelo próprio trabalhador e com possibilidades de crescimento dentro da empresa.

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