1. Elabore um plano que respeite o seu estilo
Bob Eichinger, vice-chairman do Korn/Ferry Institute, diz: comunique, estabeleça prazos e metas, e não fique no caminho. As pessoas precisam saber o que você espera delas. Qual é o resultado almejado? Para quando é necessário? Quais recursos elas receberão? Quais decisões podem tomar? Você precisa de pontos de monitoramento durante o trabalho? Como estar ciente do progresso e monitorar a qualidade?
Um dos problemas mais comuns ao delegar é o pontapé inicial do processo. Se ele se basear numa comunicação incompleta, ou mesmo enigmática, teremos problemas à vista. É preciso ser resiliente para lidar com a frustração que isso pode causar, pois uma tarefa que não foi bem feita da primeira vez gera relutância ao ser delegada na próxima oportunidade. Quem não se comunica bem sempre precisa de mais tempo para administrar o retrabalho. E, como comentei no início, o tempo é sempre escasso no universo corporativo. Aqui, decisões difíceis precisam ser tomadas em relação a como investi-lo. Pablo Neruda diz: “Você é livre para fazer as suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.” Por isso, pergunto: você quer o tempo como seu aliado ou como seu inimigo?
Analise os projetos recentes que deram certo e aqueles que não deram certo. Como você delegou as tarefas? Demais? Não o suficiente? Só as partes que não queria? Partes de maior responsabilidade? A carga de trabalho foi distribuída adequadamente? Você estabeleceu indicadores? Fez microgerenciamento? Deu corda demais? Descubra quais práticas respeitam o seu estilo e resgatam o seu melhor. Crie uma série de procedimentos para ser aplicada como se você não estivesse presente. Quais dados é preciso receber? Que esquema de feedback as pessoas podem utilizar para corrigir o rumo no meio da jornada? Quais perguntas deveriam ser respondidas enquanto o trabalho está em andamento? Quais passos devem ser seguidos? Quais critérios precisam ser cumpridos? Quando você estará disponível para ajudar? (a propósito, esta pergunta é chave).
2. Dê espaço
Aqueles com mais habilidade para delegar são transparentes quanto a “o que fazer” e “quando fazer” e mais flexíveis em relação ao “como”. As pessoas ficam mais motivadas quando podem determinar o “como” por si mesmas. Já os mais inexperientes determinam o “como”, o que transforma subordinados em robôs em vez de um time responsável e autossuficiente. Incentive-os a tentar coisas diferentes. Além de ser mais motivador, isso também possibilita que os funcionários se desenvolvam. Ofereça, sempre que possível, o contexto envolvido. Apesar de não ser necessário para realizar a tarefa, ficamos mais motivados, quando sabemos onde a tarefa se encaixa no todo. Use três minutos extras para dizer: 1) porque essa tarefa precisa ser feita; 2) onde ela se encaixa no panorama geral; e 3) sua importância para as metas e os objetivos almejados.
3. Delegue para quem pode ter êxito
As pessoas me perguntam: delegar para quem? Respondo: para aqueles que podem fazer e para aqueles que quase podem fazer.
Os impasses mais comuns que ouço dos meus clientes é que eles não conseguem delegar porque seus funcionários não são bons o suficiente, ou seja, não estão aptos a fazer o trabalho demandado. E, se pergunto por que isso acontece, eles costumam afirmar que herdaram um grupo fraco do gestor anterior. A seguinte questão que levanto é bastante óbvia: por que não se livrar dos piores e contratar pessoas capazes? A alegação mais comum é que não podem demitir ninguém, pois a área de RH e o Jurídico não permitem. É interessante observar que, sempre e quando tenho a oportunidade de perguntar ao RH e ao Jurídico se isso é verdade, o que me informam é que não é. Eles apenas ressaltam que a demissão deve ser feita de maneira adequada. Outros ainda alegam que não podem deixar uma vaga aberta no momento, pois têm muito a fazer. Mas, se são realmente maus executores, qual é a diferença? Você não pode e nem deve delegar tarefas a executores inábeis, a menos que seja para desenvolvê-los e motivá-los. Por outro lado, você nunca sairá desse impasse até respirar fundo e começar a demitir os piores para substituí-los por pessoas melhores… Lidar com esse dilema não é fácil, então, me acompanhe nesta simples história:
Uma pessoa encontra um lenhador tentando derrubar uma árvore enorme com o seu serrote.
Ele está suado e ofegante.
Está progredindo muito, mas muito devagar.
A pessoa pergunta por que as coisas estão indo tão mal.
O lenhador diz que é porque o serrote está cego.
A pessoa pergunta por que ele não para e afia o serrote.
Ele suspira e diz que não tem tempo.
O texto acima reflete o ponto de vista de Stephen Covey (The Seven Habits of Highly Effective People) sobre a necessidade de aprender a afiar o seu serrote. Se os seus serrotes – ou seus colaboradores diretos – não estão afiados, comece a agir mais como um mentor. Quais são as primeiras coisas que diria a eles para ajudá-los a pensar no trabalho de maneira mais produtiva e enxergar as tarefas da maneira como você as enxerga? Explique sempre o seu raciocínio. O papel do instrutor/mentor é ensinar alguém a pensar/agir como você. Dar o peixe transformará a pessoa em um dependente (isso, na melhor das hipóteses). Ensine-os a pescar. Deixe seu raciocínio vir à tona primeiro. Para tanto, trabalhe com eles falando em voz alta, qualquer que seja a tarefa. O que você acha importante? Como sabe que isso é importante? Quais são as perguntas que está se fazendo mentalmente? Que passos estão seguindo? Por que essa solução é melhor do que as outras?
Artigo tirado do Blog de um colega meu do Linkedin, ver matéria completa em:http://room4d.wordpress.com/2012/03/09/quer-turbinar-sua-carreira-delegue-tarefas/
Espero que gostem.
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