Pesquisa da instituição aponta ainda elevação no custo anual por usuário, algo que deve permanecer nos próximos anos

Quando se avalia o gasto por vertical, o setor de serviços já investe 10% do faturamento em TI. Indústria aparece com 4,4% e comércio com 3,1%. Os bancos continuam sendo os que mais apostam em tecnologia da informação. De acordo com a pesquisa, as instituições financeiras destinam 12,8% de suas receitas para este fim.
Por outro lado, o custo da TI por usuário/ano chegou a US$ 11,4 mil ou R$ 19,1 mil, com uma tendência de crescimento constante, como pontuou Meirelles. Questionado sobre a possibilidade do modelo de computação em nuvem quebrar essa guinada do custo por usuário, o professor foi enfático em afirmar que todo custo unitário tende a ser zero no início para, depois, ter uma conta infinita.
“O investimento em tecnologia cresce. Se a quantidade de teclados/máquinas estabilizou, o resultado (do custo por usuário) será maior sempre”, pontua. “Os custos ficam adiados. O que acontece com nuvem? Reduz no curto prazo e aumenta no longo prazo. O que determina o gasto não é o ambiente, mas a postura frente à TI”, provoca Meirelles.
Para o diretor da FGV, existe uma ilusão de queda de custo, embora reconheça que seja algo difícil de digerir pelas empresas. E muito disso acontece por conta de rupturas que no modelo de comercialização da tecnologia e no próprio hardware em si. Em sua contextualização, Meirelles lembrou que, há algumas décadas, uma empresa comprava um hardware, pagava caro por isso, e ganhava um pacote de software, hoje, essa dinâmica está invertida, o valor da compra está muito mais representado por serviços que pelo hardware, já comoditizado.
Big Data
Pela primeira vez em 24 anos o estudo traz um tópico específico para avaliar o mercado de inteligência analítica no País. Esse tópico inclui ferramentas de BI, CRM, BA, entre outros. Os números apontam uma liderança da SAP com 20% de participação de mercado, seguida por Oracle (18%), Totvs (16%), Microsoft (10%) e IBM (10%). Olhando para a indústria, Meirelles entende que esses softwares já representam uma lucratividade muito maior que os softwares de gestão, especialmente quando se avalia SAP, Oracle e Totvs, que lideram a venda de ERPs no Brasil.
O especialista avalia, também, que o mercado como um todo tende a investir cada vez mais nesse tipo de solução. “As empresas podem gastar o dobro em TI apenas para digerirem o efeito do big data. Elas poderão, assim, descobrir coisas maravilhosas. É um volume gigantesco de coisas à disposição. (É sabido) que monitorar as redes (sociais) antecipa em 15 dias problemas que poderiam acontecer (com a marca da empresa). Quanto vale isso?”, questiona.
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